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Coração, Festival de Veneza, Leão de Ouro, luta livre, Mickey Rourke, Oscar, Telecatch, wrestling, wwe
Esta semana finalmente consegui assistir um fime que queria ver faz tempo: O Lutador (The Wrestler – 2008), filme que levou Leão de Ouro no Festival de Veneza e ressuscitou a carreira de Mickey Rourke, que chegou a concorrer ao Oscar de melhor ator.
O filme conta a história de Randy “The Ram” Robinson, um praticante de luta livre profissional (aquela de mentirinha, que no Brasil chamavam de Telecatch) que já teve seus dias de glória nos anos 80, mas agora se mantem com dificuldade apresentando-se no circuito indy americano.
Tudo ia bem com Randy até ele sofrer um ataque cardíaco e ter um marcapasso instalado em seu peito. Isso pôe um fim a sua carreira, já que seu coração não tem condições de aguentar mais um baque. Basicamente o filme conta suas dificuldades em lidar com esta nova realidade.
O Wrestling realmente tem os resultados combinados, mas isso não quer dizer que seja fácil. O corpo dos lutadores é exigido ao extremo, até mais que nas lutas ‘de verdade‘, e isso é muito bem demonstrado no filme, assim como os problemas dos atletas com drogas e anabolizantes.
As partes mais violentas do filme, onde os lutadores se cortam ou lutam com objetos como grampeadores, também é real. A luta livre da televisão (WWE) já não é mais desse jeito, pois boa parte do público alvo é composto por mulheres e crianças, mas no circuito indy ainda é assim que a banda toca.
Apesar da profissão atípica do personagem principal, acabamos nos identificando com sua luta contra o tempo, algo pela qual todos passamos ou passaremos um dia. Isso e a dificuldade da vida normal para alguém que já viveu a glória do estrelato.
O Lutador é um bom filme, importante para qualquer fã da Luta Livre, por mostrar a realidade de seus bastidores; mas ainda assim interessante para qualquer espectador casual, por ser um bom drama, com bons atores e boas atuações. Pena Rourke não ter sido agraciado com o Oscar a que concorreu.